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Empresa não mostra dados sobre pesquisa ao Governo e justiça tira matérias do ar

Datamax não cumpriu normas previstas em resolução do TSE, que exige informações detalhadas para evitar a divulgação de levantamento fraudulento

Redação by Redação
31 de março de 2022
in Política
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Empresa não mostra dados sobre pesquisa ao Governo e justiça tira matérias do ar

Resolução do TSE passou a obrigar registro de pesquisas a partir de janeiro (Divulgação)

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CAMPO GRANDE

A Justiça Eleitoral suspendeu a divulgação da pesquisa Datamax, publicada pelo Midiamax em 24 de março, por entender que o instituto não cumpriu os requisitos legais ao não apresentar todos os dados que comprovam que o levantamento de fato ouviu eleitores em todas as regiões do Estado.

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No dia em que a pesquisa ao Governo do Estado foi divulgada, o MS em Brasília encaminhou pedido de esclarecimentos ao Midiamax. Um deles sobre o fato de o site ter publicado, inicialmente, que a pesquisa foi feita somente em “Campo Grande” e em seguida a informação foi corrigida para “Todo o Estado” (ver print).

Print sobre a abrangência da pesquisa


De acordo com a decisão, além do Midiamax, os veículos de comunicação Gazeta News, Jornal o Estado de Mato Grosso do Sul, A Crítica e Hoje Cidades, que compartilharam as informações da pesquisa irregular, devem excluir as matérias sob pena de multa diária.

A empresa Compar/Datamax teria ouvido 1,1 mil eleitores em todo Mato Grosso do Sul, mas não soube dizer à justiça o percentual de entrevistados em cada região do Estado.

De acordo com informações do registro, o plano amostral era a seguinte: “Centro Norte de Mato Grosso do Sul 8.4%, Leste de Mato Grosso do Sul 15.9%, Pantanais Sul Mato-grossense 9.1%, Sudoeste de Mato Grosso do Sul 34.2%, Centro Norte de Mato Grosso do Sul 32.3%”. O levantamento não mencionava as cidades e bairros onde a pesquisa seria realizada e ainda repete a região ‘centro norte’. O instituto ignorou uma boa parte do Estado e não apresentou a conclusão do levantamento.

Resolução do Tribunal Superior Eleitoral diz que “a partir do dia em que a pesquisa puder ser divulgada e até o dia seguinte, o registro deverá ser complementado, sob pena de ser a pesquisa considerada não registrada…”.

A norma define que a empresa precisa informar em seu levantamento quantas pessoas foram ouvidas, em que dias foram ouvidas, como foram abordadas, quais perguntas foram feitas, quem pagou pelo levantamento e ainda realizar o complemento da pesquisa no sétimo dia após a conclusão.

As exigências são necessárias para garantir a integridade da amostra e lisura do processo e dos resultados. 

Tags: datamaxfakeFalsagoverno do estadoJustiçalevantamentomidiamaxpesquisatira do arTSE
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