BRUNNA SALVINO, DE CAMPO GRANDE
Com a capacidade de investimento com recursos próprios esgotada desde 2017, a Prefeitura de Campo Grande investirá mais de R$ 50 milhões para aumentar a estrutura de repressão e vigilância no trânsito da capital.
O objetivo é arrecadar mais para que a gestão municipal mantenha o nível dos gastos, sem reduzir as despesas. Em 2023, Campo Grande gastou 96,96% das receitas correntes líquidas, o que levou o Tesouro Nacional a emitir nova alerta sobre as contas da cidade.
“Campo Grande, Cuiabá, Natal e Teresina apresentaram poupança corrente superior a 95%, indicativo de um comprometimento elevado de suas receitas correntes com despesas correntes”, aponta o documento, divulgado com exclusividade pelo MS em Brasília (ver aqui).
O objetivo é arrecadar mais para que a capital mantenha o nível dos gastos, sem reduzir as despesas
Ao invés de reduzir as despesas fixas, como a folha do funcionalismo, a prefeita Adriane Lopes buscará mais recursos para aumentar a arrecadação própria, insuficiente bancar os gastos cada vez mais elevados.
Com esse objetivo, foi publicado ontem (12), no Diário Oficial do município, edital de licitação para contratar empresa responsável pela instalação, monitoramento e manutenção de equipamentos registradores de infrações de trânsito.
De acordo com o site de notícias Campo Grande News, com validade de 24 meses, o contrato inclui a entrega de central de monitoramento, plataforma de gestão de dados, sistemas de análise e inteligência de imagens veiculares, além do processamento das infrações.
Ao invés de reduzir as despesas fixas a prefeita Adriane Lopes buscará mais recursos para aumentar a arrecadação própria
Prevê a compra e instalação de 200 equipamentos tipo misto (função não metrológica), 150 radares fixos e discretos, 30 fixos e ostensivos, três equipamentos portáteis, 50 conjuntos com talonário eletrônico e impressora térmica, 85 câmeras de videomonitoramento e 69 pontos de coleta de imagem (PCLI).
O orçamento sintético da licitação, diz o site, também contempla investimentos na estrutura da central de monitoramento. Estão previstos gastos com adaptação e fornecimento de mobiliário para a sala de controle, contratação de link de telecomunicações por 24 meses e aquisição de hardwares, além da manutenção preventiva e corretiva desses itens.