De Brasília
Em conflito interno desde outubro de 2018, quando elegeu cinco representantes em Mato Grosso do Sul (senadora, dois deputados federais e dois estaduais), a direção estadual do PSL recebeu valor expressivo do fundo partidário para as próximas eleições: R$ 2,56 milhões.
Uma semana após as eleições, houve a primeira disputa dentro da legenda entre a senadora Soraya Thronicke e seu primeiro-suplente, Rodolfo Oliveira Nogueira. O caso chegou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2020.
Em 24 de agosto, por unanimidade, o plenário da Corte negou recurso à senadora, que pedia a exclusão de Nogueira como suplente. Ela havia recorrido de decisão da Justiça Eleitoral em Mato Grosso do Sul, que mandou arquivar ação.
A última disputa entre políticos filiados à legenda no Estado foi parar no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O deputado federal Loester de Souza e o vereador Vinicius Siqueira, de Campo Grande, mediram força na convenção da agremiação, em 13 de setembro.
Anunciado como pré-candidato a prefeito de Campo Grande, Siqueira viu seu nome ser excluído dois dias antes do encontro do partido. Nesse final de semana a Justiça Eleitoral negou recurso do deputado e manteve o vereador na disputa.
Dos cinco parlamentares eleitos pelo PSL no Estado, apenas dois mantiveram apoio aberto ao presidente Bolsonaro: o deputado federal dr. Luiz Ovando e o deputado estadual Capitão Contar. Coronel David trocou de partido após pedido judicial.
Já Soraya e Loester de Souza praticamente abandonaram os grupos que dão sustentação política ao presidente no Congresso. O deputado passou a fazer parte do grupo do presidente nacional da legenda, deputado Luciano Bivar (PE), opositor de Bolsonaro.
A senadora, por sua vez, atacou duramente o ministro da Economia, Paulo Guedes. Em agosto, ela o chamou de “irresponsável”, após o presidente vetar aumento para algumas categorias de servidores públicos durante a pandemia por sugestão do ministro.
Crias políticas
Depois das disputas por espaços, as próximas batalhas devem envolver a distribuição dos R$ 2,56 milhões do fundo partidário. Pelo menos dois parlamentares lançaram assessores como candidatos a vereador em Campo Grande.
Soraya Thronicke escalou sua ex-assessora Juliana Gaioso, denunciada pelo Ministério Público Federal por atacar adversários políticos da senadora com fake news. Já Loester de Souza quer eleger seu ex-chefe de gabinete Ciro Fidélis.
Político tem que ser igual o Presidente Bolsonaro, não gasta dinheiro em campanha eleitoral, é olho no olho foi assim que ganhou pra Presidente, mesmo porque o partido não tinha verba do fundo eleitoral, foi na raça não tinha propaganda eleitoral a não ser nas redes sociais.