COLUNA VAPT-VUPT
Membros políticos da família Trad estão diante de sério problema para resolver com vistas às próximas eleições. Embora o PSD seja presidido em Mato Grosso do Sul pelo deputado estadual Pedrossian Neto, o poder de decisão está nas mãos do senador Nelsinho Trad, do ex-prefeito de Campo Grande Marcos Trad e do ex-deputado federal Fábio Trad.
Na quinta-feira (1º), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acusou o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, de determinar a senadores e deputados federais da agremiação que votassem pelo seu indiciamento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) de 8 de janeiro.
Pelo menos um dos membros dos Trad, Fábio, é declaradamente adversário de Bolsonaro. Quando era deputado federal, o caçula dos irmãos fazia ataques diários ao então presidente, o que o levou a perder a reeleição em 2022. Fábio Trad, atualmente, é servidor público comissionado no governo Lula.
Marquinhos também escolheu trabalhar contra a reeleição de Bolsonaro naquele mesmo ano, anunciando apoio a Lula no segundo turno para presidente. Apenas Nelsinho se manteve neutro, vezes votando com Bolsonaro, vezes contra projetos e medidas do governo anterior.
Atualmente, Kassab é titular da Secretaria de Governo e Relações Institucionais do Estado de São Paulo, governado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), ex-ministro e afilhado político de Bolsonaro.
“O Kassab determinou que todos os seus deputados e senadores votassem contra Jair Bolsonaro, favorável ao relatório, para me indiciar na CPMI independente de provas para que ele tivesse três ministérios no governo Lula. Esse é o perfil. O Kassab bem representa o caráter do velho político brasileiro”, afirmou o ex-presidente durante entrevista concedida ao programa Sem Filtro, da revista Oeste.
(*) Vapt-vupt é uma coluna do MS em Brasília com opiniões rápidas sobre determinado fato de interesse público