CAMPO GRANDE
Uma das lideranças estaduais em ascensão nacional, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, esteve novamente ontem (7) na Associação Comercial de São Paulo (ACSP) para mostrar os avanços de Mato Grosso do Sul e o planejamento para encarar os desafios que se impõem a um Estado que busca evolução.
Semana passada o governador e secretários de Estados participaram de rodadas de conversas com diversos grupos econômicos do país e do exterior, na sede da Confederação Nacional da Indústria em São Paulo.
Dessa vez, Riedel falou a dezenas de lideranças do comércio paulistas e a milhares de pessoas interessadas em conhecer as medidas e a ações desenvolvidas em Mato Grosso do Sul, um dos Estados que mais crescem no país, segundo levantamentos e estudos de consultorias nacionais e internacionais.
A reunião do Conselho Político e Social da ACSP discute modelos de crescimento focados em resultados, com agendas suprapartidárias e pautadas em entregas sociais. O encontro aconteceu na sede da associação e foi transmitida em mais de 400 filiais no Estado de São Paulo.
“Mato Grosso do Sul tem se tornado um estado descomplicado” — Governador Eduardo Riedel
Riedel abordou diversos temas, como infraestrutura, PPPs (parcerias público-privadas), estratégias de gestão eficiente, carbono neutro, conservação de biomas, turismo, transformação digital, atração de investimentos, qualificação de mão de obra, tributação e municipalismo.
O governador tem reforçado frase de que “Mato Grosso do Sul tem se tornado um estado descomplicado”, como forma de apresentar as facilidades que o Estado vem oferecendo a investidores nacionais e internacionais. Em São Paulo, citou a implementação da Infovia Digital e da parceria para ampliar o saneamento básico em território sul-mato-grossense.
A união da discussão ambiental com o debate econômico e desenvolvimento sustentável é um dos assuntos mais presentes nas palestras sobre Mato Grosso do Sul e defendida pelo governador aos líderes presentes.
“Do centro do Estado ao leste é a grande área de transição do uso de solo. Para grãos não é a mais propícia. Ali vai se concentrar a área de floresta plantada”, explica Riedel sobre o planejamento de desenvolvimento regionalizado, levando em consideração a vocação de cada local para que esse crescimento tenha o maior rendimento possível.
Já ao falar dos modais de transporte, o governador destaca o potencial das hidrovias, fazendo alusão a importância econômica-logística do rio Mississipi aos EUA e ao que o rio Paraná e o rio Paraguai oferecem como via de escoamento da produção local. A infraestrutura seguiu como tema aos discutir maneiras de avançar no turismo no Estado.
Foco em resultados
Sobre a tributação, Riedel respondeu a questionamento feito a ele e se posicionou a favor da reforma que está em processo, sendo o atual sistema um dos limitadores do ambiente de negócios em todo o país e, logicamente, a Mato Grosso do Sul. Contudo, ele chamou a atenção para questões como a compensação de perdas, tratando-a como o “grande nó” da reforma.
“Há estados perdedores de receita, e é o caso de Mato Grosso do Sul. É preciso criar uma metodologia de governança para as tomadas de decisões sobre problemas que irão acontecer, como será feita essa arbitragem do Conselho Federativo”, explica.
“Há estados perdedores de receita, e é o caso de Mato Grosso do Sul” — Eduardo Riedel sobre a reforma tributária
“Existem os fundos de financiamento de infraestrutura. Mato Grosso do Sul não pode ficar sem o seu, pois ele significa R$ 1,6 bilhão de investimento na veia. Entendo que esses são os grandes desafios. A reforma é um risco, mas a gente tem que correr alguns riscos para mudar o Brasil. É um enfrentamento que o Congresso e executivos vão ter que fazer”.
Quanto a agenda atual de sua gestão, o governador Eduardo Riedel aponta ser pragmático na obtenção de avanços nas áreas sociais, como educação, saúde e segurança, e evita discussões tidas como infrutíferas e baseadas em retórica polarizada e sem efetividade na vida da população. O foco dele, como gestor, são os resultados a serem alcançados.
“Sinceramente, olhando para a frente, a gente tem que focar em resultados. Tenho três anos e meio de Governo ainda e vou focar nisso”, diz Riedel, que foi perguntado ainda sobre possíveis lideranças em ascensão. “Tem inúmeros que podem levar esses conceitos à frente. O Centro-Oeste tem nomes que podem oferecer uma agenda de desenvolvimento ao país”.
Caminhando para o fim da sessão de perguntas abertas ao final da palestra, Riedel ainda falou sobre a importância das cooperativas na indução da industrialização que está acontecendo no Estado, do municipalismo como “parte central da estratégia sul-mato-grossense” e da importância de acompanhar questões subjacentes ao aporte de grandes investimentos em cidades menores, como em Inocência e Ribas do Rio Pardo.
Riedel falou sobre a importância das cooperativas na indução da industrialização que está acontecendo no Estado
“Em Inocência antecipamos essa discussão, como será atendida a saúde, a educação, a área de infraestrutura, a educação. Temos um check list de atribuições da empresa e nossas. São itens que nos dão competitividade e segurança. O Estado tem um problema, um bom problema como costumo dizer, que é a dor do crescimento”, conclui o governador.
“O Estado do Mato Grosso do Sul, está no Rumo Certo e Ritmo Arrojado, Focado nos Desafios e Resultados, Fundamentados nas Vocações Regionais e Adequados às Demandas do Mercado Mundial, Graças a Boa Gestão, Visão e Competência do Nosso Governador Sr. EDUARDO RIEDEL.