CAMPO GRANDE
Sem capacidade de investimento com recursos próprios e sem margem para pedir empréstimo com aval da União, Campo Grande conta com a ajuda do Governo do Estado para executar obras de melhoria em infraestrutura nos quatro cantos da capital.
Para não deixar que os projetos sejam paralisados por falta de dinheiro, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) mandou emissários se reunirem com o secretário de Infraestrutura, Eduardo Riedel.
O encontro ocorreu sexta-feira (14). O pedido: R$ 62 milhões para obras programadas nos programas PAC Pavimentação e PAC Mobilidade. As informações são do jornal Correio do Estado.
Para não passar a ideia de submissão ao Governo do Estado, que reúne mais condições para fazer investimento em decorrência de melhor gestão do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), Trad preferiu ele próprio não se expor. Daí, o envio de uma espécie de comissão à Governadoria pedir ajuda.
Outro fator é que Eduardo Riedel (PSDB) deve ser indicado pré-candidato ao Governo do Estado. Ao mesmo tempo, Marquinhos Trad vive conflito sobre se deixa a prefeitura da capital, onde tem quase três anos de mandato a cumprir, para se candidatar a governador. Em caso de insucesso, perderia o mandato de prefeito, já que teria de renunciá-lo até 2 de abril próximo.
Trad teria pela frente dois eventuais pré-candidatos que se esmeram em gestão pública — o ex-governador André Puccinelli (MDB) e o secretário Eduardo Riedel.
Na verdade, o prefeito teria dificuldade para se viabilizar como candidato competitivo. Além de abandonar o mandato para o qual foi reeleito com extrema facilidade em 2020, sem ter explicação convincente ao eleitor campo-grandense, Trad não teria discurso para se colocar como gestor capaz de conduzir os destinos do Estado.
Em um primeiro momento, teria pela frente dois eventuais pré-candidatos que se esmeram em gestão pública — o ex-governador André Puccinelli (MDB) e o próprio secretário Eduardo Riedel, responsável pelos principais programas que elevaram o Estado à condição de um dos mais competitivos do país.
Em cinco anos como prefeito, Marquinhos não conseguiu colocar a casa em ordem em Campo Grande. Gestão que se limitou a obras de tapa-buracos e as do Reviva Centro, realizadas com recursos internacionais. O município tem as situações fiscal e financeira beirando o caos, conforme resultado divulgado em dezembro de 2021 pelo Tesouro Nacional. Está entre as piores capitais em relação ao limite entre o que gasta e o que arrecada.
Dinheiro do Governo
Para buscar dinheiro do Governo estadual, Trad indicou o secretário de Obras, Rudi Fiorese e o secretário de Governo e Relações Estratégicas, além de presidente municipal do PSD, Antônio Lacerda. A reunião ocorreu na manhã de sexta-feira (14).
Em cinco anos como prefeito, Marquinhos não conseguiu colocar a casa em ordem em Campo Grande.
Entre as obras estão pavimentação de vias nos bairros Nova Lima, Jardim Seminário, Mata do Jacinto, Jardim Anache, Vila Nasser e Rita Vieira. Pelo PAC Mobilidade, informa o Correio do Estado, a prefeitura quer que o governo repasse recursos para a conclusão de obras como os corredores de transporte das avenidas Bandeirantes, Calógeras, Gury Marques e Marechal Deodoro, além da Rua Bahia.
No encontro entre representantes da prefeitura e Eduardo Riedel, destaca o Correio do Estado, também foram debatidos novos convênios para revitalização da Avenida Duque de Caxias, duplicação da Avenida Cafezais e ainda um aporte financeiro parcial para a construção de vestiário e arquibancadas para a piscina recém-inaugurada no Parque Ayrton Senna, localizado no Bairro Aero Rancho.