LARISSA ARRUDA, DE BRASÍLIA
Os governadores Eduardo Riedel, de Mato Grosso do Sul, e Tarcísio Gomes de Freitas, de São Paulo, reuniram-se pela segunda vez em uma semana. Dessa vez, eles tiveram audiência na última quinta-feira (3) com o ministro dos Transportes, Renan Filho, em Brasília.
Na semana passada, Riedel foi recebido por Tarcísio, no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. Discutiram o projeto de relicitação da ferrovia Malha Oeste, entre outros empreendimentos em infraestrutura.
Com o Governo federal, os governadores discutiram a participação da iniciativa privada na ferrovia, que cruza os dois Estados, somando mais de 1.600 quilômetros entre as cidades de Corumbá e Mairinque (SP).
O secretário Jaime Verruck (Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) e a procuradora-geral de Mato Grosso do Sul, Ana Carolina Ali Garcia, também participaram do encontro.
Com o Governo federal, os governadores discutiram a participação da iniciativa privada na ferrovia, que cruza os dois Estados
“Os entendimentos estão avançando bem com todas as partes interessadas, incluindo as empresas que estão se instalando e a operadora. A gente vai chegar a um consenso desse melhor projeto para poder iniciar a operação”, declarou Riedel.
As empresas do ramo de celulose Suzano e Eldorado apresentaram projetos para fazer trechos de ferrovia. O objetivo é escolher a melhor opção indo de Três Lagoas até Aparecida do Taboado onde seria feita a conexão entre as Malhas Oeste e Paulista.
“Já foi apresentado um projeto que está em licenciamento por parte de Mato Grosso do Sul, mas precisa da interlocução do Ministério da Infraestrutura e da concordância do governador Tarcísio para que a gente viabilize a operação da Malha Oeste. De Campo Grande a Três Lagoas e depois Corumbá na outra ponta trabalhando com mineração”, explicou o governador.
As empresas do ramo de celulose Suzano e Eldorado apresentaram projetos para fazer trechos de ferrovia
O modelo ainda não está definido. Este trecho especificamente pode ter até R$ 6 bilhões de investimentos, mas o projeto ainda precisa avançar como um todo para a estimativa se confirmar. O principal objetivo é a viabilidade econômica para escoamento da produção.
A previsão é que o processo de relicitação da Malha Oeste ocorra no segundo semestre de 2024 com expectativa de um edital chegando a R$ 18 bilhões de investimentos em 60 anos.
No encontro desta tarde também foi discutido o pedido para que a União repasse as rodovias BR-262 e BR-267 ao Estado. Depois a intenção é fazer a concessão das vias à iniciativa privada.
“O Governo federal tem boa vontade de poder fazer a delegação para Mato Grosso do Sul. Estão aguardando o nosso projeto, que está sendo executado. A expectativa é ter tudo definido até maio. Eles aprovando, aí nós vamos para o mercado”, explica Riedel.
A estimativa inicial é em torno de R$ 5 bilhões para um pacote formado pelas duas rodovias junto com a MS-040. O trecho todo de concessão seria em torno de 880 quilômetros.
Com informações da Secretaria-Executiva de Comunicação de MS